Apesar da falta de dados exatos no Brasil, a pesquisa do psiquiatra Marcos Tomanik Mercadante (2010) aponta que o número de pessoas com autismo no Brasil aproxima-se de dois milhões. Sem levar em conta a estimativa apresentada pelo psiquiatra Estevão Valdasz, coordenador do Programa de Transtornos do Espectro do Autismo, do Instituto de Psiquiatria do HC de São Paulo, que diz que 90% dos brasileiros com TEA ainda não foram diagnosticados. Sendo assim, estes índices podem ser bem mais elevados.
De
acordo com o Centro de
Controle
de Doenças
- CDC -, dos Estados Unidos, uma entre 45 crianças é
diagnosticada com autismo,
sendo mais comum
em meninos do que em meninas.
Mas afinal, o que é considerado autismo?
Atualmente,
o autismo é considerado um transtorno de
desenvolvimento, em que a pessoa
apresenta deficit principalmente na interação,
comunicação social, comportamentos repetitivos e áreas de
interesse restritas. Além de
deficit
no processamento sensorial.
Segundo
a Associação Americana de
Autismo - ASA -, o autismo
é “uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de
maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de 20
mil entre cada 10
mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que
em meninas. É encontrada
em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial,
étnica e social.” De acordo com a ASA,
até o momento não foram
comprovadas causas psicológicas, originárias do meio da criança,
que possam causar o Transtorno.
De
acordo com o Manual de
Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais - DSM 5 -, temos
a inserção das pessoas em um Espectro, o Espectro
do transtorno Autista, que indica uma série de condições,
comportamentos, sintomas, que variam de pessoa para pessoa.
Os
três níveis do
autismo
A
definição dos níveis de
autismo são baseados no
apoio que necessitam: algum apoio, apoio mediano e muito apoio.
Também são designados como leve, moderado ou severo, em
que o marcador de
“gravidade” baseia-se no grau de comprometimento do distúrbio,
assim resumidos:
Nível 1
– grau leve, necessita de algum apoio
Nível 2 – grau moderado, necessita de apoio mediano
Nível 3 – grau severo, necessita de muito apoio
Os
apoios
são
estabelecidos com base nas
avaliações realizadas para
identificar os
comprometimentos apresentados: necessidade
de fonoaudiólogo,
comprometimentos
na fala, terapeuta sensorial, psicopedagoga,
entre outros, de acordo com o que é apresentado por
cada criança.
Neste
sentido, a avaliação deve
ser feita de forma individualizada,
tanto para o diagnóstico, que é clínico, envolvendo
multiprofissionais, quanto para definir as propostas de intervenção,
que vão ser estabelecidas de acordo com as singularidades.
CID e autismo
Para
a Classificação
Estatística Internacional de Doenças e problemas relacionados à
Saúde – CID - 10ª edição,
o autismo insere-se como Transtorno Global do Desenvolvimento,
categorizado da seguinte forma:
.
Autismo infantil (F84-0)
. Autismo Atípico (F84-1)
. Síndrome de Rett (F84-2)
. Síndrome de Asperger (F84-5)
. Transtorno desintegrativo da infância (F84-3)
. Transtorno geral do desenvolvimento não especificado (F84-9)
Importante:
a Síndrome de Rett não está inserida no Transtorno do Espectro
Autista, inclusive no DSM-5, por apresentar características muito
próprias.
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